
Foto Reprodução (Foto: Rádio Web Focus Hits de Barreirinhas - MA https://portaloinformante.com.br/)
WhatsAppFacebookMessengerTelegrampartilO custo da cesta básica ideal para uma alimentação saudável chegou a R$ 432 por pessoa no mês de abril, de acordo com levantamento do Instituto Pacto Contra a Fome. O valor representa 21,4% da renda média per capita no país, estimada em R$ 2.020, segundo dados da Pnad Contínua do IBGE. Os dados integram a edição de maio do Boletim Mensal de Monitoramento da Inflação dos Alimentos, publicado pela entidade.
O custo da cesta básica ideal para uma alimentação saudável chegou a R$ 432 por pessoa no mês de abril, de acordo com levantamento do Instituto Pacto Contra a Fome. O valor representa 21,4% da renda média per capita no país, estimada em R$ 2.020, segundo dados da Pnad Contínua do IBGE. Os dados integram a edição de maio do Boletim Mensal de Monitoramento da Inflação dos Alimentos, publicado pela entidade.
O estudo revela que mais de 70% da população não tem renda suficiente para arcar com essa alimentação ideal e cobrir outras despesas básicas. Além disso, cerca de 10% dos brasileiros vivem com menos do que o custo total da cesta, o equivalente a aproximadamente 21,7 milhões de pessoas. “Essa estimativa revela que, mesmo sendo um direito garantido, a alimentação adequada está fora do alcance da maioria da população”, afirmou Ricardo Mota, gerente de Inteligência Estratégica do instituto.
A cesta considerada ideal foi calculada com base nos parâmetros do Nebin/USP (Núcleo de Epidemiologia e Biologia da Nutrição), formada por alimentos in natura e minimamente processados, alinhados ao Guia Alimentar para a População Brasileira e às recomendações da Comissão EAT-Lancet. Segundo o Pacto Contra a Fome, sem políticas públicas efetivas e baseadas em dados concretos, o combate à insegurança alimentar continuará ineficaz.
O boletim também apontou que a inflação de alimentos afeta de maneira desproporcional as famílias de baixa renda. Em abril, o grupo Alimentação e Bebidas subiu 0,82%, puxado pela alta da batata (18,29%), tomate (14,32%) e café moído (4,48%). No mesmo período, o IPCA geral foi de 0,43%. Apesar da queda de preços de itens como arroz (-4,19%), mamão (-5,96%) e feijão preto (-5,45%), o relatório destaca que os aumentos continuam concentrados em produtos essenciais, geralmente mais vulneráveis a choques climáticos e sazonais.