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O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes (MA), criticou a decisão do governo federal de elevar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sem consultar o Congresso Nacional. Segundo o parlamentar, a medida foi tomada “só numa canetada”, sem qualquer diálogo com as lideranças partidárias ou com o presidente da Câmara.

A crítica foi feita após reunião da bancada do União Brasil, em que cerca de 30 dos 60 deputados presentes manifestaram apoio ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL) apresentado pela oposição para revogar o decreto presidencial. Fernandes afirmou que a decisão do governo afeta principalmente a população mais vulnerável. “O rico compra à vista, o pobre parcela. Estão colocando o imposto no colo de quem mais precisa”, declarou.

Para o deputado, o governo deveria buscar alternativas que não envolvam aumento de impostos, como a modernização dos gastos públicos e a revisão da máquina administrativa. Ele também defendeu maior articulação com o Congresso para evitar medidas que gerem desgaste político e prejudiquem a população.

A elevação do IOF foi anunciada com o objetivo de ampliar a arrecadação e ajudar a zerar o déficit das contas públicas. A estimativa é de que a medida gere R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026. No entanto, a proposta enfrenta forte resistência no Legislativo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já deu um prazo de dez dias para o governo apresentar uma alternativa. Caso isso não ocorra, o PDL deverá ser colocado em votação.