Mais de sete anos após o crime que abalou o Maranhão, chega o momento decisivo no caso do assassinato do ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, conhecido como Nenzin.
Nesta quarta-feira, 21, Júnior do Nenzin — filho da vítima — e o vaqueiro Luiz Carlos Cordeiro, o Luizão, sentarão no banco dos réus para enfrentar o júri popular.
O julgamento ocorrerá no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, com início previsto para as 9h da manhã.
O caso, marcado por grande comoção e repercussão política, é considerado um dos mais emblemáticos da última década no estado.
Segundo o Ministério Público do Maranhão, o assassinato teria sido meticulosamente planejado e executado com extrema frieza.
A promotoria pede a condenação dos réus com penas que, somadas, podem chegar a quase 40 anos de prisão.
Sete jurados escolhidos entre cidadãos da capital maranhense serão responsáveis por julgar a culpa ou inocência dos acusados.
A sessão será conduzida pelo juiz Clésio Coelho Cunha, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís.
A defesa de Júnior do Nenzin e de Luizão nega qualquer envolvimento no crime e afirma que apresentará provas e argumentos capazes de desconstruir a versão sustentada pelo Ministério Público, reforçando a tese de inocência.
O ex-prefeito Nenzin foi morto no dia 6 de dezembro de 2017. Inicialmente, o caso foi tratado como um latrocínio (roubo seguido de morte), mas as investigações apontaram inconsistências na narrativa inicial, levando à reclassificação do crime para homicídio doloso — quando há intenção de matar — com fortes indícios de motivação interna, possivelmente ligada a conflitos familiares.
Nenzin foi uma das figuras políticas mais influentes da região central do estado, tendo comandado o município de Barra do Corda por três mandatos.